
Uma visão conceitual possível
15 de jul de 2024
2 min de leitura
1
11
0
Nos parece razoável propor uma temática de inovação, no caso do uso de marketing público, sem confundi-lo com os interesses tão somente de manutenção de poder com foco em um de seus compostos; a comunicação, acrescentamos as afirmativas em Kotler, Haider e Rain (1992, p. 18) onde eles deixam claro essa diferença e por vezes as confusões encontradas:
( ...) as localidades aumentam seus gastos com comunicação e elaboração de
imagem. Elas tentam transmitir histórias e propagandas positivas e evitar
notícias negativas que descrevem sua situação. Essas comunidades acreditam
que estão desenvolvimento um programa de marketing quando na verdade
estão realizando um trabalho de promoção. O marketing oferece um quadro de
solução de problemas mais abrangente, no qual a promoção representa apenas
uma parte.
Nossas percepções, seguem em concordância com essas afirmativas, pois permite separar o interesse do marketing político ou partidário, meramente focados em comunicação episódica ou de governo. O ponto principal seria a correta utilização do binômio marketing público, que poderíamos ousar defender como sendo o uso das clássicas definições do conceito de marketing nos seus 4 Pês, adaptando-os para a realidade de um ente federativo. O Pê do produto seria todo o conjunto de iniciativas para otimizar os serviços entregues aos cidadãos, desde a área de desenvolvimento, passando pela saúde educação e muitos outros. O Pê do preço seriam os custos suportados por todos os cidadãos brasileiros em torno de 35 % do PIB para que os governos entreguem os serviços esperados, o Pê da praça seria cada uma das cidades da federação com suas demandas próprias e, para finalizar, o Pê da promoção/comunicação que deveria representar a utilização das verbas públicas para tornar comum informações que melhorem a relação do cidadão com seus governantes em todos os sentidos. Entre eles, o caso de campanhas de interesse social que mantém o foco dos governos municipais para atrair investidores para as localidades. Para que se pudesse afirmar que os municípios fazem uso do marketing público precisaríamos encontrar um razoável equilíbrio entre o que se promete e o que se entrega aos cidadãos dessas localidades. Entretanto, nesses quesitos, pode-se inferir com nossos apontamentos que, lamentavelmente, trata-se de um horizonte ainda distante.
Nesse momento, nos parece oportuno destacar que a nossa breve crítica por meio desse recorte textual, eventualmente, poderá incentivar mais profissionais e organizações a se interessarem pela aproximação entre os pressupostos teóricos e seus impactos práticos na sociedade.
