
Os principais desafios do Marketing Digital na atualidade...
24 de jun de 2024
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Priscila Peres Rodrigues
Mãe da Alice | Digital Strategist Sr. Manager at CI&T | Product Management Mentoring | Product Manager | Women in tech | Certified SAFe® 5 Agilist…
Publicado em 22 de jun. de 2019
Notamos drásticas mudança no Marketing Digital atual e com os responsáveis pela disseminação dos conteúdos também. "Vemos que agora muito mais que "exposição" é necessário "relacionamento", menos "controle" e mais "co-criação", começamos a entender que só ter "audiência" não adianta... é necessário formar e ter "comunidades", é muito mais que "publi" é necessário "conteúdos relevantes", vai além da "influência absoluta" hoje falamos em "influência contextual", não queremos "celebridades" precisamos de um "nicho", os influenciadores tem papéis excepcionais e não devem ser usados "influencer como mídia" agora o papel do "influencer como creator". Vai além de "ser protagonista" é preciso "fazer parte", ter "x"seguidores ou "y"curtidas, para o bem de todos vem saindo de moda, vai além do "mapear por alcance", agora é "mapear por valores" os comentários nas redes sociais viram leads, a comunicação está cada vez mais visual". Vi todas essas definições na própria internet e vivenciando também...
Notamos que até os 15 anos toda tecnologia e mídias são naturais e igualmente intuitiva. dos 15 aos 35 até reconhecemos a importância e é empolgante quando aprende a usar. Já dos 35 em diante você já começa repudiar e acaba achando até desperdício de tempo.
As mídias sociais estão acabando? Ou algo 2.0 está por vir? Acreditamos mais na segunda opção. Notamos um enfraquecimento óbvio do "Facebook" e algumas outras redes por questões de segurança que vieram à tona e talvez até porque ficaram "chatas", sem graça? Deve haver algo novo surgindo neste espaço que foi criado, até mesmo inserção de machine learning, realidade virtual/aumentada. É irreversível toda a evolução da jornada dos consumidores no universo digital. As buscas estão virando conversas e as marcas precisam estar atentas que além da "busca" em si, existem "eu preciso de", "eu deveria" e "eu posso". Além do aumento das buscas por "perto de mim" e o papel da geolocalização que é muito relevante e com ela surgem muitas oportunidades de observar a mudança de comportamento das pessoas e o uso dos meios. Aumento das buscas por voz. Esses mesmos consumidores estão buscando online cada vez mais antes de comprar e ainda querem personalização dos produtos/serviços. E há uma necessidade das empresas observarem e encontrarem formas para otimizar as experiências no mundo real, principalmente por meio da infinidade de dados disponíveis.
Há muito mais busca pelo propósito, ética e privacidade digital. O comportamento digital está em clara evolução social partindo de um ambiente fortemente não regulado onde liberdade se vestia sempre com más e boas intenções e chegando em um ambiente mais controlado, estruturado e com sensação, aparência e realização de segurança maiores, como também aconteceu com o comportamento humano (não digital) se avaliarmos a história da civilização. A possibilidade concreta e irreversível de responsabilização legal de pessoas físicas e jurídicas pelo seu comportamento digital norteia as ações e campanhas de Operações de Marketing, não somente durante a campanha as campanhas em si, mas também durante as etapas iniciais de formulação e preparação das campanhas.
O relatório de 2018 do "We are Social" traz uma abordagem muito interessante sobre o estudo comportamental das pessoas em redes sociais, não somente redes digitais mas aplicável para quaisquer tipos de redes sociais, os motivadores/aceleradores categorizados como lentes nos permite parar e pensar um pouco como as Operações de Marketing devem estruturar e operacionalizar seus assets e suas campanhas. Um insight interessante é que as redes são sempre compostas por indivíduos fortemente complexos que se conectam por vários motivos e intenções diferentes. Um desafio enorme, além de determinar com a maior precisão possível quais lentes uma determinada campanha irá atender, é como operacionalizar esta campanha sem que ela cause ferimento em outras lentes. Por exemplo, se uma determinada operação desenha algumas campanhas para alcançar públicos das lentes 03 e 06 porém para conseguir desenvolver os assets e as formas destas campanhas ela abusa intencionalmente das lentes 01 e 04 será que esta operação está contribuindo para a marca (ou companhia) em longo prazo? Será que, em caso de ser relevadas as táticas, os resultados não serão irreversíveis para a marca (ou companhia).
Questões como esta, que flutuam em uma zona ainda cinza entre a necessidade de dados confiáveis para ser mais efetivo e a ética na aquisição e manutenção dos mesmos, estão cada vez mais elevando o nível das discussões dentro das Operações de Marketing, aumentando a relevância do gerenciamento de riscos dentro desta parte das organizações.
Conclusão
Além de trazer novas mídias, precisão na mensuração dos resultados, nos tornou mais colaborativos, com novas formas de sermos disseminadores da inovação através da criatividade e aceitar de braços abertos o novo, saindo da zona de conforto e indo para a zona de superação. Enxergamos novas possibilidades de mostrar que somos capazes de aumentar as conexões, necessidade de expandir o repertório, reforça que a criatividade é um processo associativo e que devemos sempre criar pontes (e que às vezes terão pessoas que jogam bombas e sim, está tudo bem!). Basta liderar a si mesmo com confiança e saber discernir o que é fake news e o que não é. Buscamos sempre participar de diversas conversas, mesmo fora do nosso contexto para que haja sempre mais aprendizados e repertórios desconhecidos. Para entender o marketing digital atualmente, exige muito mais que qualificação técnica, e sim saber lidar com pessoas, ter habilidades para criar soluções. >>> Foco, confiança em si e também no próximo. <<<
