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A comunicação e as vacinas contra a desinformação

6 de ago de 2024

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Pela importância contemporânea desse tema, retomo etapas que considero fundamentais para ampliar o debate sobre essa temática.

Em uma audiência pública, a ministra da saúde Nísia Trindade, se referiu à disseminação de “fake News” sobre as vacinas que estão prejudicando a adesão da população ao chamado para que mantenham em dia as vacinas das crianças e demais entes das famílias.

A ministra destacou que a propagação parte desses que, ao meu juízo, chamarei de criminosos, esses disseminadores de mensagens afirmando que vacinas alteram o material genético das pessoas entre outros atrocidades mentirosas e sem nenhum embasamento técnico. A questão é que por espalhar dúvidas na população acabam levantando questões internas em pessoas com pouca informação científica. Entretanto, é bom e necessário lembrar que a linguagem técnica para público leigo também não ajuda muito. Outro aspecto relevante, são os diferentes estágios da comunicação bem como as diferenças de formação escolar de todos os receptores especialmente, pais e mães com uma carga já bem elevada de responsabilidades. 

Já destaquei o papel central da educação básica para enfrentar esse complexo desafio. O mais assertivo, seria integrar etapas de comunicação internas nas escolas públicas e os departamentos de planejamento pedagógico. Seria uma iniciativa multidisciplinar envolvendo linguagem própria para cada etapa da formação dos alunos.

Produção de material lúdico de comunicação poderia ser elaborado pelas crianças com orientação de especialistas da área em conjunto com temas consagrados pelas ciências biológicas entre outras áreas científicas nas disciplinas específicas e conforme cada momento de ensino aprendizagem.

Quando o tema despertar interesse em profundidade junto aos alunos, certamente, haverá influência nas casas das pessoas que, por óbvio, o interesse dos filhos chamará a atenção dos pais e de demais membros das famílias.

Essa combinação estratégica, associada às campanhas comunicacionais amplamente impactantes levando os resultados dos trabalhos para a grande mídia, pode também gerar multiplicação e matérias espontâneas pautadas pelo caráter inusitado da ação dos profissionais de educação, setores de comunicação governamental, alunos e familiares.

O fato é que não se pode ficar parado esperando as doenças erradicadas retornarem por absoluta falta de iniciativa. Sem generalizar, já é possível observar pelos números atuais das campanhas de vacinação, que as ações em curso não estão dando o resultado esperado. No que diz respeito às famigeradas notícias falsas e tantas outras atrocidades espalhadas por gente sem capacidade de entender o próprio mal. Entretanto, talvez seja ainda pior, essas pessoas que espalham essas notícias falsas sobre vacinas provavelmente acreditem que descobriram algo que precisam compartilhar como as bobagens de “implantação de chips ou alteração de código genético” por meio de vacinas. Essa absoluta falta de consciência crítica precisa ser enfrentada com ações diretas de formação escolar de qualidade associada a ações de comunicação que demostrem claramente o absurdo que essas afirmações representam. Não se trata só de negacionismo, são ações de grupos que acreditam que vacinas são prejudiciais, por mais disparatadas que sejam essas afirmações.

As movimentações estratégicas precisam se dar de forma combinada e com a velocidade que os tempos atuais exigem, sob pena de não se conseguir, a longo prazo, conter os avanços de doenças que já não existiam mais.

No campo da comunicação pública, seria também oportuno, que os entes municipais, estaduais e federais trabalhem conjuntamente em ações estruturantes combinadas para que as informações corretas sobre o papel da vacinação para a preservação de vidas sejam repetidas sistematicamente facilitando a fixação das mensagens massivas.

Uma vigília permanente em métricas da internet para acompanhar e medir os resultados das campanhas conjuntas pode fechar o ciclo e retroalimentar as iniciativas.



6 de ago de 2024

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